Na quarta-feira passada (10), os funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deram início a uma paralisação em toda a nação.
Essa greve abrange tanto os colaboradores que trabalham presencialmente quanto aqueles em regime remoto, prejudicando o processamento e concessão de benefícios.
Veja quais são os motivos que levaram o INSS a entrar em greve, como isso impacta os serviços previdenciários e qual a perspectiva de resolução. Continue lendo!
Greve dos servidores do INSS
A greve dos servidores do INSS teve início devido à estagnação nas negociações com o Governo Federal.
As principais exigências dos trabalhadores incluem um aumento salarial de 33% até 2026 e a valorização da carreira de técnico do seguro social.
Atualmente, o INSS possui cerca de 19 mil servidores ativos, sendo 15 mil técnicos responsáveis pela maioria dos serviços do órgão e 4 mil analistas.
Para somar à paralisação, mais de 300 gestores do INSS colocaram seus cargos à disposição em apoio à greve.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social do Estado de São Paulo (SINSSP), ainda não há um registro oficial da adesão, porém espera-se que cerca de 50% dos funcionários em regime remoto e um número considerável de Agências da Previdência Social (APSs) sejam afetados.
Funcionários já haviam diminuído a produção
Antes da declaração oficial da greve, os servidores do INSS já estavam em uma “operação apagão”, processando apenas 20% da sua produção.
Essa ação inclui orientação para evitar horas extras e tarefas adicionais no home office, comprometendo as metas de produtividade e o programa de enfrentamento à fila.
A operação apagão foi uma resposta à falta de avanço nas negociações e um indicativo claro da insatisfação dos servidores com as condições de trabalho e remuneração.
Essa estratégia também visava pressionar o Governo Federal a atender às demandas da categoria.
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Como a greve impactará os serviços do INSS
A paralisação dos servidores do INSS tem um impacto direto na vida dos beneficiários.
Com a greve, a análise e concessão de diversos benefícios serão afetadas, incluindo aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Além disso, o atendimento presencial nas Agências da Previdência Social será reduzido, com exceção das perícias médicas.
A operação pente-fino, que objetiva revisar os benefícios concedidos visando economia nas despesas obrigatórias, também sofrerá perdas.
Essa ação é essencial para identificar beneficiários que já não necessitam dos recursos, garantindo uma utilização mais eficaz do dinheiro público.
O que continua operando
Apesar da greve, alguns serviços do INSS seguirão em funcionamento.
O atendimento remoto por meio do aplicativo e site Meu INSS e da Central Telefônica 135 permanece disponível, assim como as perícias médicas que não serão afetadas pela paralisação.
Esses canais possibilitam consultas, agendamentos e acompanhamento de processos sem a necessidade de comparecer pessoalmente às agências.
Expectativa de resolução
Uma reunião do comando de greve está agendada para a próxima sexta-feira (12), às 18h.
Neste encontro, novas estratégias devem ser discutidas e avanços nas negociações com o Governo Federal são esperados.
Até o momento, não há indicação de uma nova reunião por parte do governo para tratar das demandas dos servidores do INSS.
A resolução desse impasse é crucial para a retomada dos serviços do INSS e garantir que os beneficiários não sejam prejudicados pela paralisação.
A expectativa é que governo e representantes dos servidores cheguem a um acordo que atenda às necessidades da categoria e assegure a continuidade dos serviços prestados à população.
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