Próxima semana o STF analisará recursos da Revisão da Vida Toda; compreenda o assunto



Na próxima semana, de 23 a 30 de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) revisitará os recursos relativos à Revisão da Vida Toda, um tema de grande impacto para aposentados em busca de uma atualização nos cálculos de seus benefícios.

A sessão ocorrerá no plenário virtual da corte, representando mais um passo em um processo complexo e ainda distante de uma conclusão definitiva.

Confira abaixo mais informações sobre o andamento desse assunto, os principais pontos em discussão e a repercussão dessas decisões.

A Revisão da Vida Toda já foi decidida?

Embora o STF tenha se manifestado em março sobre o tema 1102 da Revisão da Vida Toda, os debates ainda estão em curso.


Após ter inicialmente aprovado a tese favorável aos aposentados, uma nova decisão contrária em março deste ano reverteu a situação.

Com os embargos de declaração apresentados pelo Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev), o STF irá reavaliar o tema, buscando esclarecer os pontos da decisão anterior e estabelecer o marco da correção.

Isso significa que, até o momento, o assunto permanece sem uma conclusão definitiva, deixando muitos aposentados em um estado de incerteza.

O que o STF discutirá sobre a Revisão da Vida Toda?

Na próxima semana, o STF analisará o recurso de embargos de declaração apresentado pelo Ieprev.

Esse tipo de recurso busca esclarecer aspectos da decisão anterior do Supremo, que revogou a tese da revisão aprovada em 2022.


O Ieprev busca garantir que os processos já decididos judicialmente não sejam revertidos pela nova decisão, defendendo que a nova interpretação seja aplicada somente a partir de 21 de março de 2024.

Além disso, o recurso questiona o impacto econômico da revisão, contestando os valores divulgados pelo governo.

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Quais os argumentos do recurso?

Os argumentos centrais do recurso do Ieprev se concentram em dois pontos principais.

Primeiramente, defende-se que o STF, anteriormente, havia validado a Revisão da Vida Toda, levando juízes de instâncias inferiores a conceder o direito aos segurados do INSS com base nessa decisão.

O Ieprev busca garantir que esses processos já definitivos não sejam anulados pela nova decisão.

Em segundo lugar, há a discussão sobre o impacto econômico. Enquanto o governo federal estima um custo de R$ 480 bilhões para a revisão, o Ieprev sugere uma estimativa menor, com despesas anuais entre R$ 210 milhões e R$ 420 milhões, totalizando no máximo R$ 3,1 bilhões ao longo de uma década.

Qual foi a última decisão do STF sobre o tema 1102?

A última decisão sobre o tema 1102 ocorreu em março de 2024, quando o STF alterou sua postura em relação à Revisão da Vida Toda.

Nesse momento, o Supremo considerou inconstitucional a aplicação da regra mais favorável aos aposentados em certas situações, revertendo o entendimento anterior que concedia esse direito aos segurados do INSS.

Essa decisão teve como base o artigo 3º da Lei n.º 8.213/91, que, segundo os ministros, deve ser interpretado de forma lógica.

Isso implica que não há margem para os segurados escolherem a regra definitiva prevista no artigo 29 da mesma lei, independentemente de ser mais vantajosa.

Dessa forma, a regra de transição continua em vigor, mesmo sendo menos favorável para o segurado.

Agora, o julgamento de agosto busca ajustar os detalhes sobre a validade dos processos já encerrados a favor dos aposentados antes dessa nova decisão.

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